Em nome de Allah, o Clemente, o Misericordioso
Apesar dos desastres causados pela ciência e pela tecnologia, seus erros aproximam da verdade, e suas falhas trazem felicidade, não podemos condená-las totalmente e nos tornar puros idealistas. A ciência e a tecnologia não assumem total responsabilidade pela falta de evolução da humanidade, de os sentimentos dos seres humanos terem diminuído, e certas virtudes humanas juntamente com a saúde e a capacidade para pensar oram seriamente enfraquecidas. Pelo contrário, a falta recai sobre cientistas que se esquivam de suas responsabilidades, que fazem a ciência se desenvolver em atmosfera materialista e quase puramente científica, e então a deixa ser explorada por uma irresponsável minoria. Muitas condições preocupantes poderiam ser evitadas se os cientistas permanecessem cientes de suas responsabilidades sociais, e se a Igreja não tivesse forçado o desenvolvimento em oposição à religião.
Fluindo para o futuro como um rápido dilúvio cheio de energia e vitalidade, e algumas vezes parecendo um deslumbrante jardim, o mundo natural é como um livro para ser estudado, uma exibição para observar e uma confiança da qual podemos nos beneficiar. Somos responsáveis de estudar os significados e os conteúdos dessa confiança de tal forma que nós e as futuras gerações possamos nos beneficiar dela. Se desejamos, podemos chamar esse relacionamento de “ciência”.
A ciência pode também ser descrita como a compreensão do que as coisas e dos eventos nos dizem, o que as leis Divinas nos revelam, e lutarmos para compreender o propósito do Criador. Criados para governar a criação, devemos observar e ler, discernir e aprender sobre o que nos cerca de forma que possamos encontrar o melhor caminho para exercer a nossa influência e controle. Quando alcançamos esse nível, pelo decreto do Exaltado Criador, tudo será submetido a nós e nós nos submeteremos a Allah.
Não há motivo para temermos a ciência. O perigo não reside na ciência, e nas instruções do novo mundo que irão nos conduzir nele, mas dos cientistas ignorantes e irresponsáveis e de outros que a exploram para os seus próprios interesses.
Se a verdadeira ciência dirige a inteligência humana na direção da eternidade, sem esperar qualquer lucro material, empreende um incansavelmente e detalhado estudo da existência para descobrir a verdade absoluta, e segue os métodos requeridos para alcançar o seu objetivo, o que podemos dizer sobre a moderna ciência além de que ela não preenche as nossas expectativas. Apesar de usualmente se apresentar como um conflito entre o Cristianismo e a ciência, os conflitos durante a renascença eram na maioria das vezes entre cientistas (não da ciência em si) e a igreja católica. Copérnico, Galileu e Bacon não eram anti-religiosos. Na realidade, podemos dizer que seus cometimentos religiosos levou-os para a verdade científica.
Os pensamentos religiosos que brotam da eternidade, do amor resultante e do zelo acompanhado por sentimentos de pobreza e impotência ante o Eterno, o Onipotente e Onisciente Criador, capacitaram o mundo muçulmano durante cinco séculos o maior avanço científico até o final do século doze. O impulsionante conceito da ciência baseado na Revelação Divina era representado quase perfeitamente por ilustres figuras que, imbuídos com a eternidade, a infatigabilidade, estudaram a existência para atingirem a eternidade. Seu compromisso com a Revelação Divina fez difundir uma luz que causou um novo conceito de ciência nas almas humanas.
Se a civilização islâmica não tivesse sido perversamente injuriada pelos terríveis mongóis e numerosas e destrutivas invasões das cruzadas o mundo seria muito diferente hoje. Se o conceito islâmico de ciência como foi aprovado e apropriado pela comunidade, como se fizesse parte da Mensagem Divina e buscado como um ato de adoração, tivesse continuado a florescer, nosso mundo seria mais iluminado, sua fida intelectual mais rica, sua tecnologia mais saudável, e suas ciências mais promissoras. Toda a pesquisa da ciência islâmica, baseada na eternidade, era para beneficiar a humanidade, ajudando-nos a aspirar o Outro Mundo e manusear as coisas com responsabilidade pela causa e aprazimento de Allah, exaltado seja.
Somente o amor à verdade, definido como a existência próxima, não para a vantagem material ou lucros terrenos, mas para observá-la e reconhecê-la como realmente é. Fornece verdadeira direção para os estudos científicos. Aqueles com esse tipo de amor alcançarão seu objetivo; aquele que não possuem esse tipo de amor, que são guiados por ambições mundanas, aspirações materiais, preconceitos ideológicos e fanatismos, ou irão falhar ou tornar a ciência num artefato mortal para ser usado contra a humanidade.
Os intelectuais, as instituições educacionais e mídia de massa devem lutar para tirarem a ciência moderna da corrente atmosfera letal do materialismo e do fanatismo ideológico. Para redirecionar a ciência na direção dos valores humanos as mentes dos cientistas devem ser libertadas das superstições ideológicas e do fanatismo, suas almas serem purificadas do desejo do ganho e das vantagens terrenas. Isso irá capacitá-los a assegurar verdadeira liberdade de pensamento e engajar na pura ciência. Seus longos séculos de luta contra a clerezia e conceitos corruptos dos religiosos como de retrógrados, de mentes estreitas, e de fanáticos devem servir como aviso aos cientistas de não caírem na mesma armadilha.
O despotismo intelectual e científico surge de grupos visando interesses próprios, poder, ideologia e fanatismo. Esses grupos são encontrados tanto entre cientistas como clérigos. O depotismo é despotismo, quer surja de razão restritiva de corromper e distorcidos conceitos religiosos e dominação clerical ou a sua contrapartida científica. O Islam continuamente incentiva a humanidade a estudar a natureza, a exibição dos trabalhos Divinos, a refletir na criação e no que foi criado, e fazê-lo com responsabilidade para beneficiar a humanidade.
Quando estudado sem preconceito e preconcepção, o alcorão mostra que ele promove o amor à ciência, à humanidade, à justiça e à ordem. O Alcorão está repleto de versículos incentivando-nos estudar a natureza, que é vista como um local da exibição dos trabalhos Divinos. Ele também incentiva-nos refletir sobre a criação e as criaturas, para utilizá-lo com responsabilidade, e usá-lo para o benefício de todos. De acordo com o Islam, todo o ponto da procura do conhecimento é para descobrir o significado da existência de forma que possamos alcançar o Criador e beneficiar a humanidade e a toda criação. É para combinarmos aquele conhecimento com crença, amor e altruísmo. A humanidade já viu esse ideal em prática. A exemplar vida do Profeta Muhammad (sallallahu alaihi wa sallam) e a conduta de muitos de seus companheiros que aperfeiçoaram seus pensamentos e atos.
Portanto, o que temos para temer da ciência? Atos planejados baseados em conhecimento podem causar maus resultados, mas certamente a ignorância e a falta de organização causam sempre maus resultados. Em vez de se opor aos produtos da ciência e tecnologia, devemos usá-las para proporcionar felicidade para a humanidade. Aqui reside a essência do nosso maior problema, porque não podemos tomar medidas contra a Era Espacial ou apagar o conhecimento da construção das bombas atômicas e de hidrogênio.
Apesar da ciência possa ser um artefato mortal nas mãos de uma irresponsável minoria, não devemos hesitar em adotar ambas e seus produtos e então utilizá-los para estabelecer uma civilização em que possamos assegurara a nossa felicidade neste mundo e no Próximo. É inútil amaldiçoar as máquinas e as indústrias, porque as máquinas continuarão a trabalhar e as indústrias a produzir. A ciência e seus produtos começarão a nos beneficiar somente quando as pessoas da verdade e fé comecem a dirigir os nossos assuntos.
Nunca sofremos da injúria de uma bomba nas mãos dos anjos. O que sofremos por veio daqueles que continuam acreditando que só o forte tem direito. Essa situação continuará até que construamos um mundo baseado na fé e na ciência.
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Fonte: ConheceroIslam.com
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