BismilLahi Ar-Rahman Ar-Raheem (بسم الله الرحمن الرحيم)
"Em nome de Allah, o Clemente, o Misericordioso"
Garantindo a paz
Quatro princípios para assegurar a paz e prevenir a guerra são mencionados no Alcorão. Esses podem também ser chamados de princípios da educação islâmica para a paz. Primeiramente, o Alcorão aplica o já mencionado princípio da "não compulsão na religião". Estabelecendo a liberdade das criaturas humanas de professar a fé em Deus como base para assegurar a paz. O segundo diz que o propagador da guerra deve ser punido severamente de acordo com o Alcorão e atentando para a consequência de seus efeitos maléficos. De acordo com o Alcorão, o que conspira para a guerra é para ser punido com a morte, ou ao menos com o banimento. Dessa maneira deve se prevenir a guerra. O terceiro princípio é o que o Alcorão exige dos que nele crêem não apenas assegurar a paz por palavras mas também por medidas visíveis, que expliquem para todos que o objetivo de posicionar-se contra a compulsão religiosa e a tirania e assegurar a paz não são apenas proclamar mas também estar protegidos contra ameaças:
"Mobilizai tudo quanto dispuserdes em armas e cavalaria para intimidar com isso, o inimigo de Deus e vosso e também a outros que não conheceis, mas que Deus bem conhece..." (C.8 V.60)
O objetivo desta medida é claramente declarado: a prevenção da guerra.
O quarto princípio: o Alcorão menciona em vários lugares a conclusão de tais tratados que garantem que a guerra não aconteça. Esse tratado é apenas anulado quando a outra parte rompe seus termos. Isso os muçulmanos não aceitarão, já que o Alcorão os instrui:
"porém, se depois de haverem feito o tratado convosco perjurarem e difamarem a vossa Religião, combatei os chefes incrédulos pois são perjuros; talves se refreiem". (C.9 V.12
Outra vez se faz claro que a proteção da liberdade da crença em Deus está no centro do ensinamento do Islam sobre a guerra e a paz.
Auto-defesa, sim!
Por último, a instrução do Alcorão para não se começar a guerra e para concluí-la tão cedo quanto seja possível são também importantes meios de garantir a paz. Um muçulmano tem o direto da auto-defesa, quando sob ataque, mas ele é também obrigado a terminar a luta quando o inimigo cessa o ataque. A atitude do muçulmano no caso de guerra é sempre a atitude em resposta ao que aconteça a ele:
"Combatei pela causa de deus aqueles que vos combatem porém, não pratiqueis agressão porque Deus não estima os agressores". (C.2 – V.190)
"Matai-os onde quer que os encontreis e expulsai-os de onde vos expulsaram..."(C.2 – V.191)
" E cambitei-os até terminar a perseguição e prevalecer a religião de Deus. Porém se desistirem não haverá mais hostilidades, senão contra os iníquos". (C.2 – V.193)
Aqui uma vez mais, as únicas razões permissíveis para a guerra são mencionadas: autodefesa contra a agressão e a expulsão. Ainda mais claramente o Alcorão declara em outra passagem:
" Ele permitiu ( o combate) aos que foram atacados, em verdade Deus é poderoso para socorrê-los. São aqueles que foram expulsos injustamente de seus lares, apenas porque disseram: Nosso Senhor é Deus. E se Deus não tivesse refreado os instintos malignos de uns em relação aos outros, teriam sido destruídos mosteiros, Igrejas, sinagogas e mesquitas onde o nome de Deus é frequentemente celebrado, Sabei que Deus secundará quem o secunde em sua causa, porque é forte e poderosíssimo".
Estabelecendo a paz e a justiça
Além disso, o versículo "...Porém se desistirem, não haverá mais hostilidades exceto contra os iníquos". (C.2 – V.193) instrui aos muçulmanos a esforçarem-se tanto pela paz quanto tenham feito pela guerra antes. Essa boa vontade para com a paz é exigida pelo Alcorão em qualquer caso "Se eles se inclinarem para a paz, Inclina-te tu também a ela..." (C.8 – V.61) O Alcorão não compele ninguém a aceitar o Islam. Muito embora todos tenham que se submeter aos princípios de "liberdade para crer em Deus" e da "proteção contra a opressão" e devem provar isso na prática por pagar o tributo ao estado Islâmico (que por sua vez tem a obrigação de proteger os não muçulmanos).
Estes são, em suma, os mais importantes princípios sobre a guerra e a paz no Islam. Qualquer pessoa que esteja informada sobre eles pode então formar sua própria opinião quanto a quando os muçulmanos têm o direito e são obrigados a lutar pela liberdade e pela sua crença, e quando seus sentimentos religiosos são manipulados para outros diferentes fins. Além disso, uma pessoa deve também estar capacitada para formar um justo julgamento sobre esses princípios Islâmicos e perguntar a si mesma o que são na verdade as objeções a isso. O que de fato podem ser as objeções a:
- Proteção contra a compulsão religiosa
- Proteção contra a opressão e a tirania
- Lutar pela paz e os direitos humanos
- Proibição do ataque e da agressão
- Permissão a autodefesa
Fonte: Mesquita Do Brás
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