sexta-feira, 3 de junho de 2016

A Morte no Islam

Todos os Louvores são para Deus, o Senhor do Universo, que criou a vida e a morte, para pôr à prova, quem de nós prática as melhores ações, A Paz e Bênção de Deus estejam sobre o profeta Muhammad, através de quem deus salvou-nos da perdição, tirando-nos da ignorância, guiando-nos para a senda reta, libertando-nos assim do abismo do inferno, e nos colocando no grupo da melhor comunidade que já existiu sobre a terra. E que as Bênção de Deus recaiam sobre os seus companheiros (sahabas) e seus seguidores até o dia do Juízo Final. 

Os ensinamentos relativos a morte, ao morto (mayet) e a família enlutada contidos no Islam, são suficientemente elucidativos para o verdadeiro crente que procura guiar-se convenientemente nessas ocasiões. Durante a vida do Profeta Muhammad (que a Paz e Benção de Deus estejam sobre ele); naturalmente morreram muitas pessoas, entre muçulmanos e não-muçulmanos, uns em campo de batalha, outros por enfermidades, uns deixando tristes os seu familiares e outros que nem familiares tinham, uns que deixaram muitos bens que foram depois distribuídos entre seus herdeiros, e outros que morreram sem deixar sequer o suficiente para suportara as despesas de seus próprios funerais. 
Em todas aquelas circunstâncias, o Profeta Muhammad(que a Paz e Benção de Deus estejam sobre ele); foi sempre o seu guia, orientado-os à luz da Chari’ah (lei islâmica) para que aplicassem em cada situação as medidas corretas dentro do espírito que sempre norteou a sua missão; o de ensinar a todos a viver no mundo de acordo com a vontade de Deus. 

O Profeta Muhammad(que a Paz e Benção de Deus estejam sobre ele); acompanhava-os nos momentos de felicidade e de tristeza, nos casamentos e nos falecimentos, visitava os doentes, prepara a mortalha (cafan) para os defuntos, participava nos funerais, apresentava suas condolências, visitava os túmulos, repartia a herança, instruía os familiares do falecido nos pagamentos da divida deixadas pelo mesmo, procurava o bem estar das viúvas, dos órfãos e da família enlutada, enfim deixou-nos um código completo oral e pratico relativo a morte. 
Nesse código Divino revela-se que cada passo foi tomado em consideração aos sentimentos e emoções naturais e as necessidades humanas, para a família enlutada há uma consolação completa justa, para o morto (mayt), encontramos no código, o respeito e a honra total acima de tudo, o meio para a aquisição da Paz e do sossego eternos, ensinamentos simples e honrosos, e até hoje insuperáveis por qualquer outra civilização do mundo. 

Os Sahabas (companheiros do profeta), aprenderam esse código, aplicaram-no durante a sua vida e transmitiram-no oralmente e na prática aos outros, conservando-se integralmente até hoje nos livros de ahadith (ditos e praticas). 
O Salatul Janaza (oração fúnebre); é um Fardh Kifayah, uma obrigação imposta a todos os muçulmanos presentes, isto é que tomarem conhecimento do falecimento de um muçulmano.

No Salatul Janaza, o ato específico é o Duá para o morto, que confere grandes recompensas a quem o prática  e inúmeros benefícios ao morto, e também é uma forma de prestarmos a nossa ultima homenagem para o morto. 
Entre alguns costumes banidos pelo islam esta o de chorar, lamentar e demonstrar pesar excessivo pelos mortos. Os ensinamentos do Islam sobre a morte é de que ela não é a aniquilação do individuo, que o elimina da existência, e sim que é uma passagem de uma vida para outra’e por mais que se possa lamentar, nada trará os mortos de volta à vida ou modificara o decreto de Deus, Altíssimo. Aquele que crê deve receber a morte, do mesmo modo como recebe qualquer outra calamidade que possa atingi-lo, com paciência e dignidade, repetindo o versículo alcorânico: ‘’Somos de Deus e a Ele retornaremos.’’ (2:156) 

A certos atos de se prantear os mortos que são terminantemente proibidos para os muçulmanos, não se permite ao muçulmano usar faixas de luto, desfazer-se de adereços ou modificar as suas vestes habituas para representar o pesar e a tristeza, como por exemplo, o uso de roupas negras (ou de qualquer outra cor, a qual a intenção seja representar o luto), como sinal de luto é proibido pelo islam, mesmo no caso de uma viúva por seu marido. Em contra-partida, entretanto, a esposa deverá observar um período de luto (‘iddah) de 4 meses e 10 dias, em memória de seu finado esposo por lealdade aos sagrados laços do casamento, esse período é considerado uma extensão de seu anterior e não é permitido a ela receber novas propostas de casamento durante esse período. Caso contrario o luto não pode ser maior do que 3 dias. 

O Luto é uma demonstração sublime de tristeza e magoa que afeta alguém, homem ou mulher, pela morte de outro, como conseqüência das suas relações naturais, no Islam o luto é regulamentado, e o luto por um período maior do que 3 dias, seja por quem for, foi rigorosamente proibido pelo Profeta Muhammad (que a Paz e Benção de Deus estejam sobre ele); com a exceção da mulher a quem foi conferido o direito de guardar um período maior pela morte de seu marido como foi mencionado acima. 

As condolências de acordo com a sunnah do Profeta Muhammad (que a Paz e Benção de Deus estejam sobre ele); ‘’As condolências são dadas aos familiares enlutados dentro de três dias e três noites depois do falecimento.’’
 E fórmula usada é: "Possa Deus dar-vos recompensa abundante e grande consolo, e concessão d e perdão para o falecido." 
O qual a resposta deve ser: ‘’Que Deus ouça a vossa prece, e tenha piedade de nós e vós.’’ 

Os costumes comuns na realização da reunião, durante a qual o alcorão é recitado nas três noites a seguir a morte, e do arranjo da celebração do luto e reuniões especiais no dia da morte, ou no terceiro dia depois dela, ou no quadragésimo dia, ou no aniversário da morte, são todos proibidos e praticas de inovação que o povo tem introduzido, e não tem qualquer base no alcorão, na sunnah do Profeta, ou na prática do Sahabas, evidentemente não é proibido fazermos ‘’duás’’ (preces), todos os dias pela alma dos de nossos parentes já falecidos, de modo simples, sem reuniões ou celebrações espalhafatosas. 

A visita das sepulturas é louvável, o profeta Muhammad(que a Paz e Benção de Deus estejam sobre ele); costumava visitar as sepulturas e recomendava aos seus companheiros que fizessem o memso a fim de se lembrarem da sua morte com uma lição. 

A visita (ziarat) das sepulturas foi instituído com o fim de nos dar lições, de nos fazer meditar sobre o nosso fim, enternecer os nossos corações, para que possamos fazer preces em favor do falecido, pois a melhor prenda que um vivo pode dar a um morto é o duá (prece) e o pedido de perdão (isthighfar) que por ele faz à Deus. 

A pessoa que visita a sepultura deve dizer: ‘’ A Paz esteja contigo, ó crentes muçulmanos que morais aqui, nós estaremos, se Deus quiser, reunidos convosco. Rogamos a Deus que a nós e a vós conceda o bem-estar e o perdão.’’ 

Ë recomendado orar pelo perdão e clemência de Deus para os mortos, contudo é absolutamente proibido desejar que o morto responda sr orações de alguém, ou invocar o seu auxilio, ou solicitar a intercessão, acariciar o tumulo, com as suas mãos, andando em volta deles, e praticas similares de superstição, também são proibidos, todas estas ações são abomináveis e heréticas, as quais conduzem a idolatria e a negação da absoluta unicidade de Deus. 

Para aquele que deseja visitar as campas deve saber que a sua visita deve estar enquadrada pelos limites prescritos no Islam: 

Não circundar ;

não se inclinar em sinal de respeito ;

não se prostrar ;

não beijar os túmulos, jazigos ou qualquer parte deles ;

não pedir absolutamente nada ao defunto, seja ele quem for o tumulo, pois isso é haram(ilícito) e idolatria ;

não ornamentar as campas ;

depois de visitar as campas, não sair recuando para evitar dar as costas ao tumulo, como forma de respeito ;

não colocar comidas ou bebidas junto as campas; não realizar festas de comemoração (da morte) junto as campas,
evitar todas as formas de (Bid’ats) inovações. 

O Islam ensina que as sepulturas devem ser simples, infelizmente, nos nossos dias, contra a Chari’ah Islâmica, verificamos que na maior parte dos casos, não há grande diferença entre um cemitério islâmico e outro não-islâmico, a não ser o da cruz sobre o tumulo. 
O Duá é um ato unanimemente aceito, pois consta explicitamente no Alcorão e no hadith e ninguém pode conscientemente recusa-lo, o Salatul Janaza em sé também é um duá e o Profeta Muhammad (que a Paz e Benção de Deus estejam sobre ele); considera a sua realização como um dos deveres de um muçulmano para com outro. 

‘’O que devemos fazer a favor de outro morto a todo momento, consoante a capacidade e possibilidade individual, é o que lhe trará beneficio e Sawab(recompensa), são os ibdah’s e atos virtuosos como por exemplo o duá,(prece), o istighfar(perdão) em favor do morto, o Tilawat do Alcorão (individualmente), a oferta de Sawab a ele em qualquer dia, a prática da caridade e do hajj por ele e etc..., com a esperança de que isso chegue a ele na sua vida de Barzakh (a vida intermediaria entre esta vida e a outra.’’ (Hassanain Muhammad Makhluf; Mufti do Egito- já falecido) 

Além do duá e das obras atrás mencionados, outras narrativas do hadith, vêm esclarecidas outras ações benéficas das quais um morto pode beneficiar-se, como é o caso do Hajj, da Umra e da caridade que praticados e se queira dedica-los em sufrágio á alma de alguém. 
As narrações aqui mencionadas são pontos unânimes em que não transparecem quaiquer dúvidas, pois estão esclarecidos no hadith, que é o critério que deve se seguido depois do Alcorão.

Quanto a recitação do Alcorão para o beneficio de um morto, é incontestavelmente uma prática estranha e não consta no Alcorão e nem no hadith, isto é não foi recomendado nem praticado pelo Profeta Muhammad (que a Paz e Benção de Deus estejam sobre ele); e nem pelo seus Sahabas (companheiros), que são o critério da verdade. 
‘’De entre as boas ações (que fez nesta) que vão se juntar (beneficiar) ao crente depois de sua morte, constam: 

O Ilm(conhecimnto) que ensinou e expandiu;

Um filho piedoso que deixou;

A herança em exemplares do Alcorão que deixou;

Uma Mesquita que construiu;

Uma estalagem para viajantes que construiu;

Um canal de água que fez correr;

A caridade durante a sua vida e enquanto gozou de saúde, praticou com a sua riqueza.’’ (Dito do profeta Muhammad; que a Paz e Benção de Deus estejam sobre ele). 
‘’Quando o ser humano morre, cessam todas as suas ações exceto em três casoso, se em vida tiver deixado:

Sadaka Jariah; obras de utilidade pública;

Ilm benéfico;

Um filho piedoso, que constantemente faça duá a seu favor.’’ (Dito do profeta Muhammad; que a Paz e Benção de Deus estejam sobre ele).

Fonte: Religião de deus.

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