terça-feira, 26 de janeiro de 2016

O Islam Realmente Honrou a Mulher

O Islam exaltou generosamente a mulher, honrou-a e tratou-a com civilidade, quer como criança e adolescente, quer como esposa e mãe.

a) - Como Criança e Adolescente:

Antes do advento do Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), o mundo degradou a mulher e, praticamente, baniu-a. Ela tinha sido atirada para tão profundo abismo, que parecia não haver esperança na sua redenção. O Islam lutou acirradamente contra esta injustiça, sublinhando que a vida precisava tanto do homem como da mulher. A mulher não foi criada para ser ridicularizada e banida, como o homem, a mulher tem o seu propósito e direito à existência, e a Natureza está a alcançar o seu objetivo com a ajuda de ambos, homem e mulher, conforme reza o Alcorão:

"A Deus pertence a Soberania dos céus e da terra. Ele cria o que deseja. Dá filhas a quem deseja e dá filhos a quem deseja; ou dá-lhes aos pares machos e fêmeas, e torna estéril a quem deseja, pois Ele é Sábio e Poderoso.'' (Alcorão Sagrado 42:49-50)

Onde todas as outras religiões privam a mulher de todos os direitos, até ao de viver, o Islam garante-lhe os mesmos direitos que ao homem. O Islam também avisa aqueles que pretendem retirar-lhes os seus direitos, serão, seguramente, responsáveis perante Deus no Dia do Julgamento.

''Quando as almas forem reunidas, quando a filha, sepultada vida, for interrogada: Por que delito foste assassinada?'' (Alcorão Sagrado 81:7-9).

O Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), instituiu numerosas instruções a favor da mulher. Favores que ela não podia obter mesmo dos auto-denominados apoiantes modernos dos direitos da mulher. O Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), disse:

''Deus proibiu-vos a desobediência às vossas mães, a recusa a sancionar direitos, a acumulação de riqueza de qualquer maneira (halal e haram = lícito e ilícito) e o enterro de filhas vivas." (Al Bukhari).

Ele disse, igualmente:

"Um homem que tem uma filha e não a despreza, não a enterra viva, nem prefere o seu filho em detrimento da sua filha, Deus admiti-lo-á no Céu." (Abu Daud).

Sobre Fatimah o Profeta disse:

''A minha filha é a minha carne, qualquer problema com ela causará a minha dor." (Bukhari e Muslim).

Os ensinamentos Islâmicos revolucionaram o pensamento daqueles homens que enterravam as suas filhas vivas, e que não sentiam qualquer vergonha ao fazê-lo. Começaram a amar e a alimentar as suas filhas. Aqueles que no passado tinham recusado a abrigar as suas próprias filhas, tornaram-se os guardiães das filhas de terceiros.

Por ocasião da Batalha de Uhud, o pai de Jabir, disse-lhe:

"Meu filho, eu posso ser martirizado na batalha que se avizinha; se isso acontecer, aconselho-te a tomares conta das minhas filhas."


Assim aconteceu, Jabir, que ainda era novo, desposou uma viúva que tinha à sua responsabilidade as sua irmãs. O Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), perguntou-lhe:

"Porque é que não casaste com uma mulher jovem?''

Ele respondeu:

"Ó Rassulullah (Mensageiro de Deus)! O meu pai foi morto na Batalha de Uhud, deixando atrás de si nove filhas, que são minhas irmãs. Por isso, escolhi tal mulher para o meu casamento que pudesse tomar bem conta delas."

O Profeta disse: "Agiste bem." (Al Bukhari).

Estes são exemplos que a história de outras religiões não podem apresentar, o Islam é a única religião que honrou a mulher, desde a sua infância até à sua morte.

b)- Como Esposa:

O casamento é a união legal entre um homem e uma mulher para toda a vida e, por conseqüência, não tem como objetivo ser uma ligação temporária. É por isso que, no Islam, o "mutah", ou seja casamento temporário, é proibido.

Assim, o casamento no Islam é compartilhado pelas duas metades da sociedade, e os seus objetivos, para além de perpetuar a vida humana, são o bem-estar emocional e a harmonia espiritual. A sua base é o amor e a misericórdia. Entre os versículos mais impressionantes do Alcorão, sobre o casamento, está o seguinte:

''Entre os Seus sinais está o de haver-vos criado companheiras da vossa mesma espécie, para que com elas convivais; e colocou amor e piedade entre vós. Por certo que nisto há sinais para os sensatos.'' (Alcorão Sagrado 30:21).

Esta é uma importante definição da relação existente entre esposo e esposa, através do casamento, espera-se que encontrem tranqüilidade na companhia um do outro, limitados, não somente pela relação sexual, mas, também, pelo amor e misericórdia. Tal descrição inclui carinho mútuo, consideração, respeito e afeto.

Existem numerosas tradições, particularmente as narradas por Aicha esposa do Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), que fornecem uma clara visão interna do modo como o Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), tratava as suas esposas, e da forma como estas o tratavam.

O aspecto mais relevante, sobre este assunto, é o da evidência do cuidado e respeito mútuos das relações matrimoniais. Não existe qualquer servilismo por parte das esposas, existem quase tantas referências ao Profeta em levar a cabo determinadas ações de modo a agradar às suas esposas, como as há destas a retribuírem-lhe a atenção. O Alcorão refere-se às esposas de uma forma geral, num outro capítulo, dizendo:

''Elas são vossas vestimentas e vós o sois delas.'' (Alcorão Sagrado 2:187).

Por outras palavras, assim como o vestuário fornece calor, proteção, decência e elegância, também o marido e a esposa oferecem a cada um intimidade, conforto e proteção para não cometer adultério, ou outro tipo de ofensa.

Tudo isto vai de encontro ao que foi retirado do Alcorão, de que um dos mais importantes objetivos dos regulamentos que orientam o comportamento e relações humanas, é o de preservar a unidade familiar, de tal modo que a atmosfera de tranqüilidade, amor, misericórdia e consciência de Deus, se possa desenvolver e florescer para o benefício do marido e da esposa, bem como das crianças nascidas do matrimônio.

É evidente que, onde as outras religiões condenaram a mulher, o Islam honrou-a. O Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele) elevou a posição da mulher e forneceu-lhe um lugar respeitável no seio da sociedade humana.

C)- Como Mãe:

O Islam considera deveras importante a bondade para os pais a seguir à adoração de Deus. O Alcorão refere:

''O decreto de teu Senhor é que não adoreis senão a Ele; que sejais indulgentes com vossos pais, mesmo que a velhice alcance um deles ou ambos, em vossa companhia; não os reproveis, nem os rejeiteis; outrossim, dirigi-lhes palavras honrosas. '' (Alcorão Sagrado17:23).

Mais do que isto, o Alcorão Sagrado contém recomendações especiais relativas ao correto tratamento a ter em relação às mães.

''E recomendamos ao homem benevolência para com os seus pais. Sua mãe o suporta, entre dores e dores, e sua desmama é aos dois anos. (E lhe dizemos): Agradece a Mim e aos teus pais, porque retorno será a Mim.'' (Alcorão Sagrado 31:14).

Numa família muçulmana, no que diz respeito à honra, o Islam ordenou que se honrasse a mãe mais do que o pai, a irmã mais do que o irmão, e a filha mais do que o filho.

Certo homem dirigiu-se ao Profeta perguntando: "Ó Mensageiro de Deus! Quem, de entre as pessoas, é a mais merecedora da minha companhia?" O Profeta respondeu: ''A tua mãe". O homem retorquiu: "Depois, quem mais?" Só então o Profeta Muhammad disse: "O teu pai". (Bukhari e Muslim).

Ainda existe o famoso dito do Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele):

"O Paraíso encontra-se aos pés das mães" (Nassal Ibn Majah, Ibn Hanbal).

Ele também disse:

"É o generoso (em caráter) aquele que é bom para as mulheres, e é fraco aquele que as insulta".

"Deus ordena-nos que tratemos as mulheres de uma forma nobre, pois que elas são nossas mães, filhas e tias."


d)- Direito de Escolher um Marido:

De acordo com a Lei Islâmica, a mulher não pode ser forçada a casar sem o seu consentimento, não é legal que um tutor force uma moça adulta a casar-se. Ninguém, nem mesmo o pai, ou o soberano, pode, legalmente, casar uma mulher adulta sem a permissão desta, seja ela virgem, ou divorciada.

Ibn 'Abbas narrou que uma jovem dirigiu-se ao Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele) e relatou que o seu pai a tinha forçado a casar-se sem o seu consentimento. O Profeta deu-lhe a escolher entre aceitar o casamento, ou invalidá-lo. (Ibn Hanbal).

Para além de todas as prevenções relativas à sua proteção durante o tempo do matrimônio, o Islam decreta, especificadamente, que a mulher tem todo o direito ao seu "Mahr" (dote). As regras para a vida de casado no Islam são claras e encontram-se em harmonia com a verdadeira natureza humana. No tocante aos aspectos psicológico e fisiológico do homem e da mulher, cada um possui iguais direitos e exigências sobre o outro, à exceção de um tipo de responsabilidade o do chefe. Este é um assunto natural de qualquer vida em comum, e que é consistente na natureza do homem. Por isso, o Alcorão declara:

"E elas (as mulheres) têm direitos sobre eles, como eles os têm sobre elas, condignamente; mas os maridos conservam um grau (de primazia) sobre elas.'' (Alcorão Sagrado 2:228).

Tal grau é "Qiwamah" (a manutenção e a proteção), isto refere-se à diferença natural entre os sexos, que sujeita o sexo fraco à proteção. Tal não implica qualquer tipo de superioridade, ou de vantagem, perante a lei. Todavia, o papel masculino de chefe em relação à sua família, não significa a prepotência do marido sobre a sua esposa.

Para além dos seus deveres básicos como esposa, existe o direito que é, vivamente, recomendado pelo Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele) e vem sublinhado no Alcorão, o tratamento amistoso e companheirismo.

''Harmonizai-vos entre elas, pois se as menosprezardes, podereis estar depreciando seres que Deus dotou de muitas virtudes.'' (Alcorão Sagrado 4:19).

O Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele) disse:

"O Melhor entre vós é aquele que for melhor para a sua família; e eu sou o melhor entre vós para a minha família."

"Os Crentes mais perfeitos são os melhores em conduta, e os melhores de entre vós são aqueles que são melhores para as suas esposas." (Ibn Hanbal).

"Quanto mais cívico e amistoso for um Muçulmano para com a sua esposa mais perfeita é a sua fé. " (Tirmidhi).

''A mulher" - disse ele - ''É a rainha da sua casa."


Para o Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele) a mulher não é "um instrumento do Demônio", mas, sim, uma "Muhsanah" (uma fortaleza contra Satanás).

Antes do advento do Islam, a união matrimonial do homem e da mulher tinha sido vista com desaprovação, tendo sido considerada como depreciativa para o homem em algumas religiões. Mas o Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele) deitou abaixo todas estas considerações, de uma vez por todas:

"O casamento está no meu destino, e quem declinar este meu caminho, não é meu apoiante (ou seja não é meu seguidor).'' (Bukhari e Muslim).

Assim como é reconhecido o direito à mulher de decidir sobre o seu casamento, também é reconhecido o seu direito a procurar finalizar um matrimônio mal sucedido.

e)- Direito de Pedir o Divórcio:

Apesar de, no Islam, o casamento não ser uma relação temporária, sendo considerado para durar toda a vida, a sua dissolução será inevitável se ele falhar ao servir os seus propósitos. É nessa altura que surge o divórcio.

Devemos esclarecer que, no Islam, o divórcio é o último recurso quando todos os esforços conciliatórios falharem. A propósito do divórcio, o Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele) avisou com veemência:

"De todas as coisas legais, o divórcio é a mais detestável aos olhos de Deus. "


O Islam não confina o direito ao divórcio só ao homem ou à mulher, se a mulher não se sente segura, ou feliz com o seu marido, ou se este é cruel para ela, ou se tornou impossível viver a o seu lado, ela tem o direito de procurar o divórcio através de um Tribunal Muçulmano, sendo tal tipo de divórcio denominado de "Khul'ah". Em qualquer dos casos, mesmo que o divórcio seja concedido, ela deve ser tratada amistosamente. O Alcorão diz:

''O divórcio revogável só poderá ser efetuado duas vezes. Depois, tereis de conservá-las convosco dignamente ou separar-vos com benevolência. Está-vos vedado tirar-lhes algo de tudo quanto lhes haveis dotado'' (Alcorão Sagrado2:229).

Fonte: Islam.org.br

Comente com o Facebook:

Nenhum comentário:

Postar um comentário